
Na entrevista, afirmando que Lula “não tem preocupação intelectual”, Fernando Henrique atacou. Entretanto, todos sabem que, quando presidente, se preocupou tanto com sua intelectualidade que ia a outros países só para para negociar título de Doutor Honoris Causa. Coisa que Lula não sabe nem de que se trata e a ele já foram conferidos infinitos destes títulos à sua frente, sem sequer fazer questão de tê-los.
FHC provou, em seu governo à frente do Brasil, que não adianta ser Mestre, Doutor, Pós-doutor, PHD, o escambal, se não tiver sensibilidade e praticidade para gerir a esfera pública. Fernando Henrique, portador de mútuos conhecimentos no âmbito da ciência política, chegou ao governo federal com toneladas de teorias e na prática não conseguiu grandes feitos quando presidente da República. E isso o frustra. Como é que um torneiro mecânico, sem grau superior, consegue imprimir mudanças significativas da vida do povo brasileiro, e um catedrático, sociólogo, cientista político e consultor de órgãos do exterior não conseguiu?
É esta a resposta que buscam responder, principalmente, os cientistas políticos. Lula é um fenômeno que a própria ciência política o tem como delicado objeto de estudo. FHC na entrevista veiculada na noite do domingo passado, não externou outra coisa senão seu amargor de não ter tido a maciça aceitação dos brasileiros e realizado programas sociais que tivessem surtido efeitos na vida do brasileiro como o fez o filho de Garanhuns. A Fernando Henrique, cabe apenas o consolo de assistir encolhido o desfecho do que ele poderia ter feito e não fez. Ou pelo menos, ter aplicado o que sua riqueza intelectual lhe permitisse.
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