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terça-feira, 18 de maio de 2010

Entrevista com Plínio Sampaio Arruda

O engenheiro garanhuense Paulo Camelo (PSOL), que sempre busca contribuir e dá atenção ao nosso blog, nos enviou entrevista com Plínio Arruda Sampaio (PSOL), que disputará a presidência da república nestas eleições. A entrevista foi concedida ao portal Terra. Pelo fato dela ser muito extensa, transcreveremos apenas trechos. Mas fica a indicação de sua leitura na íntegra, vale a pena. Dos prováveis 11 nomes que se candidatarão a presidentes, de acordo com a pesquisa CNT/Sensus, o de Plínio aparece em 7º, com 04,% de intenções de votos. Segue parte da entrevista:


Terra – O que motivou o senhor a ingressar na carreira política?

Plínio de Arruda Sampaio – Sou de uma família de gente política. A vida inteira se discutiu sobre isso na minha casa. As primeiras prosas de política que eu ouvi foram no colo do meu pai. Meu avô foi deputado, então, sempre fui criado com essa preocupação. Depois, fui militante da Juventude Universitária Católica e o nosso envolvimento social era enorme. E preocupação social é política.

Terra – Como o senhor avalia as coligações que estão sendo feitas pelo Psol? Os partidos de maneira geral têm se aliado com diversas siglas que em outra ocasião eram completamente distantes.

Plínio de Arruda Sampaio – Porque não são partidos, mas condomínios de caciques políticos. Os partidos da ordem não são partidos, mas condomínios que abrigam lideranças pessoais. Cada cacique tem o seu partido e eles fazem as mais variadas alianças. Pode se fazer alianças amplas. O Stálin (URSS) se aliou a Churchill (Inglaterra). Nem um achou que o outro virou comunista, nem o contrário. Quando se tem um objetivo comum, pode aliar com outros partidos. No caso dessas eleições, não temos objetivo em comum com nenhum partido que não seja de esquerda. Então, só nos aliamos com PCB e PSTU. E isso vai valer para todos os Estados. (Caso a eleição vá para o segundo turno, o Psol defenderá o voto nulo).

Terra – O senhor guarda algum tipo de mágoa em relação ao PT?

Plínio de Arruda Sampaio – Não. Guardo uma grande tristeza. A tristeza de uma tragédia. O PT é o primeiro partido que o povo resolveu construir. O PT polarizou a luta entre as duas classes básicas pela primeira vez na história do Brasil. E a maioria dos petistas é gente ótima. Gente de uma enorme responsabilidade social. O que houve foi um desvio de cúpula. A cúpula do PT se perverteu.

Terra – Como o senhor avalia os oito anos de governo FHC?

Plínio de Arruda Sampaio – Uh! Foi um desastre! Quem quebrou a Era Vargas foi Fernando Collor, que era um irresponsável e quebrou irresponsavelmente. Agora, quem consolidou a ruptura e realmente destruiu o Estado Vargas foi Fernando Henrique. A Era Vargas foi a primeira afirmação nacional forte nesse País. Depois, nós regredimos. Esse foi o grande mal.

Terra – Quais são as suas plataformas de governo?

Plínio de Arruda Sampaio – O partido dirá o meu programa, mas, como membro, darei o meu pitaco. O Brasil tem dois grandes problemas: a segregação social e a dependência econômica e política do exterior. Para mim, o fundamental para atacar a segregação é a reforma agrária. Um tópico só: toda propriedade com mais de 500 hectares, seja ela produtiva ou não, ficará suscetível à desapropriação. Um segundo ponto é a educação pública, gratuita e de qualidade. Outro: medicina, só pública. Não admito que alguém lucre com o câncer, por exemplo, e que uma pessoa torça para ter mais cancerosos para ter mais lucro. Isso é uma excrescência. A Saúde tem que ser estatal.

Terra – Quais são os teóricos que fazem a sua cabeça?

Plínio de Arruda Sampaio – Minha referência básica de direcionamento político é o pensador alemão Karl Marx. Mas tenho um tripé no plano sociológico nacional: Florestan Fernandes, Caio Prado e Celso Furtado.

Terra – O que achou da convocação de Dunga? Os meninos santistas deveriam ter sido chamados?

Plínio de Arruda Sampaio – Eu queria o Ganso. Neymar poderia esperar mais, mas eu queria que o Ganso tivesse sido convocado.

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