Repasse para Agentes de Saúde causa polêmica em Garanhuns

Reivindicação que já vinha sendo feita a pelo menos 2 anos, a proposta de regularização na remuneração dos Agentes de Saúde de Garanhuns, que lhes acresceria R$ 41,00, foi vetada pelo prefeito Luiz Carlos de Oliveira (PDT), que encaminhou o projeto vetado para votação na Câmara Municipal de Vereadores, e esta manteve a decisão do prefeito. Em sessão realizada nesta quinta-feira (11), por 6 votos a 5, o resultado foi desfavorável para os servidores.

Em depoimento a uma emissora de rádio local, uma Agente de Saúde disse que há muito já vinham conversado com o governo municipal sobre o aumento, e o Secretário de Administração, Wellington Xavier, disse que o prefeito poderia pagar até mais do que o acréscimo em questão. Afirmando está indignada, e não descartando a possibilidade da classe entrar em greve, a servidora disse que "o prefeito mais uma vez deixou a desejar".

O vereador Dimas Carvalho (PDT), que votou contra o projeto de aumento, também em depoimento à rádio, disse que este projeto, que foi apresentado pelo vereador Ary Júnior (PTB), rasga os princípios legais e, sem citar nomes, afirmou que “existem legisladores que só pensam em interesses pessoais”.

Já Ary Júnior, revelou que ao encaminhar ao prefeito o projeto que favorecia os servidores, fez questão de mostrar o estudo de impacto financeiro, apresentando mínimo de efeito nos cofres municipais. Ressaltou que a verba que seria implementada à remuneração dos servidores trata-se de uma verba federal, e que inclusive outros municípios já repassam aos seus servidores. Este vereador finalizou dizendo que estará ao lado dos Agentes de Saúde e do Agentes de Edemias “até as últimas consequências”.

Alegando que “falta sintonia entre o executivo e o legislativo municipal”, o vereador Sivaldo Albino (PPS) afirmou que esta polêmica gerou mais um “desgaste no legislativo”. Sivaldo, que também defende a luta dos Agentes de Saúde, se referindo a algum despreparo de determinados colegas seu de parlamento, para questões como estas, disse que “existem companheiros que falam antes de pensar”.