Get the Flash Player to see this rotator.

domingo, 24 de outubro de 2010

Um poema de Alberto Caeiro*

XXXVIII

Bendito seja o mesmo sol de outras terras
Que faz meus irmãos todos os homens
Porque todos os homens, um momento no dia, o olham como eu,
E, nesse puro momento
Todo limpo e sensível
Regressam lacrimosamente
E com um suspiro que mal sentem
Ao homem verdadeiro e primitivo
Que via o Sol nascer e ainda o não adorava.
Porque isso é natural — mais natural
Que adorar o ouro e Deus
E a arte e a moral ...


(*Alberto Caeiro é um dos heterônimos do poeta português Fernando Pessoa)

Um comentário:

  1. Gosto dos poemas de Fernando Pessoa porque eles sempre nos dizem algo, não é como alguns poetas modernistas preocupados apenas com a piada.

    ResponderExcluir

Todos os Direitos Reservados - Agenda Garanhuns 2010 | Wagner Marques