Como estará a Fundarpe no Festival de Inverno de Garanhuns?

Depois de novas acusações feitas nesta terça-feira (25), pela bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco, já podemos esperar que até o Festival de Inverno de Garanhuns teremos uma Fundarpe sentindo alguns efeitos deste bombardeio. Em uma coletiva de imprensa, na tarde de ontem, foi exibido o dossiê "ligações perigosas - os donos da cultura em Pernambuco", em que se documentam mais denúncias. Estas, baseiam-se na constatação de que 11 empresas, algumas com sócios em comum, receberam paralelamente, em pouco mais de um ano, R$ 24 milhões do Funcultura, em empenhos fracionados.

A oposição da Alepe, que tem como alguns de seus líderes Terezinha Nunes (PSDB) e Augusto Coutinho (DEM), se teve a intenção de manchar o governo Eduardo Campos (PSB), talvez não tenha encontrado momento mais oportuno. Primeiro, porque o Festival Nação Pernambuco, ocasião em que o trabalho da Fundarpe é mais intenso, já está se avizinhando, faltando pouco menos de um mês e meio. Imaginem um órgão executor de um evento como Festival de Inverno de Garanhuns, em meio a outros, está precisando de fôlego e no momento que mais necessita ânimo está sendo alvo de acusações comprometedoras. Sem dúvida é desgaste em dobro.

Em segundo, não tão longe das eleições, a oposição, com estas acusações, fere o governo situcionista, rompe ferida no governo do neto de Arraes para os jarbistas alongaram sua língua sobre o caso. Ou seja, talvez este seja um dos pontos fracos que os adversários do governador (que busca sua reeleição) tentarão tocar para apontar as possíveis fragilidades do atual governo. Não se sabe ao certo os quais os efeitos que esta iniciativa da oposição surtirá. De qualquer sorte, a oposição não pensa em brincar em serviço, a começar pela promessa de abrir uma auditoria especial para apurar o caso.

(Foto: coletiva na tarde de ontem)