
Apesar de ainda ser visível sua inferioridade diante do Sport Club do Recife, o Santa Cruz fez quinta-feira (1º) jogo contra do Botafogo que nos fez lembrar o tricolor Pernambuco de tempos atrás. O jogo foi no “Engenhão”(RJ). Em vista disso, Roberto Brito, que é paranatamense, e leitor assíduo de nosso blog, nos enviou uma crônica de autoria de Lédio Carmona*, que faz uma exposição interessante do que foi o jogo. Publicaremos:
João Máximo, grande jornalista, foi o meu primeiro editor de esportes. Foi ele quem me deu uma chance como estagiário do Jornal do Brasil. Naqueles primeiros momentos, ele sempre repetia uma frase, lembrando o eterno confronto entre a festa e o fracasso. A cada texto que ele me encomendava, vinha também uma frase, que se tornou inesquecível para esse senhor 4.5 até hoje. “Meu garoto, prepara-se: será a glória ou o cadafalso”. A frase de João Máximo pagou ingresso ontem à noite, no Engenhão. Lá, diante de menos de 4 mil torcedores, tivemos uma noite de glória e cadafalso. De sorriso e de drama banhada a lágrimas. De comemoração e de inconformismo. De humildade e de soberba. E do resgaste de uma marca histórica do futebol. Vamos começar pelo cadafalso.
Para lá foi o Botafogo. Entrou frio demais para enfrentar o Santa Cruz. Tranquilo em doses irritantes. Não dá para cravar e ser preciso, mas os alvinegros parecem ter entrado em campo certo de que estavam classificados e que a partida não era mais do que um simples bater de ponto. Leo, excelente apoiador do Santa Cruz, fez 1 a 0 logo aos seis minutos. Falha de Jeferson, que se recuperaria mais à frente. O Botafogo continuou mal. Os pernambucanos eram superiores. Herrera empatou ainda na primeira etapa. Resultado injusto.
Pouca coisa mudou no segundo tempo. O Santa seguiu melhor. O Botafogo não se achava. Lutava, mas era algo meio sem sentido, sem coordenação, sem rumo. Aos 25min, Brasão fez 2 a 1. Jefferson salvou outras vezes. E, aos 40min, Herrera empatou de novo. O Botafogo respirou aliviado. Estaria classificado. Faltavam só cinco minutos era só administrar. Mas veio o castigo. Que pode atrapalhá-lo também na decisão do Estadual. O trauma foi devastador.
Um dos quatro atacantes do Santa em campo, Souza, fez 3 a 2, aos 45 min. O cadafalso estava aberto para o Botafogo. Acordou tarde e jogou mal desde o início. Perdeu para quem jogou pela história… Mas aí já entramos no capítulo da glória.
A glória do Santa em plena Semana Santa. Ganhar esse jogo épico contra o Botafogo, no Engenhão, traz o Santa de volta ao grupo dos vencedores. Reestabelece a confiança de um time sempre sob desconfiança; de uma torcida apaixonada, porém sofrida; e de uma diretoria sonhadora, mas travada pelos cofres vazios. O Santa Cruz ganhou uma nova chance para respirar, recuperar sua identidade e sua gente. Estar na Série D é o de menos. O que o Santa precisa fazer agora é voltar a agir e pensar como grande. Basicamente, acreditar. Clube grande precisa sempre sonhar alto e com força. Sem limites. O despertador tocou, Santa! Levanta e vai à luta. Não há tempo a perder.
João Máximo, grande jornalista, foi o meu primeiro editor de esportes. Foi ele quem me deu uma chance como estagiário do Jornal do Brasil. Naqueles primeiros momentos, ele sempre repetia uma frase, lembrando o eterno confronto entre a festa e o fracasso. A cada texto que ele me encomendava, vinha também uma frase, que se tornou inesquecível para esse senhor 4.5 até hoje. “Meu garoto, prepara-se: será a glória ou o cadafalso”. A frase de João Máximo pagou ingresso ontem à noite, no Engenhão. Lá, diante de menos de 4 mil torcedores, tivemos uma noite de glória e cadafalso. De sorriso e de drama banhada a lágrimas. De comemoração e de inconformismo. De humildade e de soberba. E do resgaste de uma marca histórica do futebol. Vamos começar pelo cadafalso.
Para lá foi o Botafogo. Entrou frio demais para enfrentar o Santa Cruz. Tranquilo em doses irritantes. Não dá para cravar e ser preciso, mas os alvinegros parecem ter entrado em campo certo de que estavam classificados e que a partida não era mais do que um simples bater de ponto. Leo, excelente apoiador do Santa Cruz, fez 1 a 0 logo aos seis minutos. Falha de Jeferson, que se recuperaria mais à frente. O Botafogo continuou mal. Os pernambucanos eram superiores. Herrera empatou ainda na primeira etapa. Resultado injusto.
Pouca coisa mudou no segundo tempo. O Santa seguiu melhor. O Botafogo não se achava. Lutava, mas era algo meio sem sentido, sem coordenação, sem rumo. Aos 25min, Brasão fez 2 a 1. Jefferson salvou outras vezes. E, aos 40min, Herrera empatou de novo. O Botafogo respirou aliviado. Estaria classificado. Faltavam só cinco minutos era só administrar. Mas veio o castigo. Que pode atrapalhá-lo também na decisão do Estadual. O trauma foi devastador.
Um dos quatro atacantes do Santa em campo, Souza, fez 3 a 2, aos 45 min. O cadafalso estava aberto para o Botafogo. Acordou tarde e jogou mal desde o início. Perdeu para quem jogou pela história… Mas aí já entramos no capítulo da glória.
A glória do Santa em plena Semana Santa. Ganhar esse jogo épico contra o Botafogo, no Engenhão, traz o Santa de volta ao grupo dos vencedores. Reestabelece a confiança de um time sempre sob desconfiança; de uma torcida apaixonada, porém sofrida; e de uma diretoria sonhadora, mas travada pelos cofres vazios. O Santa Cruz ganhou uma nova chance para respirar, recuperar sua identidade e sua gente. Estar na Série D é o de menos. O que o Santa precisa fazer agora é voltar a agir e pensar como grande. Basicamente, acreditar. Clube grande precisa sempre sonhar alto e com força. Sem limites. O despertador tocou, Santa! Levanta e vai à luta. Não há tempo a perder.
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