A televisão brasileira tem dado grande enfoque aos 50 anos de Brasília, nossa capital federal, que em 1960 deixava de ser o Rio de Janeiro – tido como o grande centro político e intelectual do Brasil. Existe todo um outro lado da questão que nos intriga, e nos perdoem os kubitschekistas e se estamos teorizando, mas a impressão que se tem é que Brasília foi projetada lá no outro lado daquele Brasil despovoado, longe do povo à época, para que se tornasse reduto para a elite dominante se distanciar do foco que punha o dedo nas suas ações de mandatários da política.
Em outro sentido, existe uma grande desfeita com os nomes de Lúcio Costa e Joaquim Cardozo. Quando se fala na elevação de Brasília, quase que unicamente se presta os méritos a Oscar Niemayer, que foi o Arquiteto. Porém Lúcio, foi o grande projetista da obra; sendo Joaquim o homem que fez os impecáveis cálculos desta, transgredindo todas as normas da Engenharia, fazendo com que em determinados momentos isso causasse desconfiança a alguns. Poeta notável que era, morreu triste e só.
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(Imagem: crachá de trabalho dos jornalistas quando da inauguração)
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